domingo, 31 de outubro de 2010

Buraco no Muro

Um experiência muito interessante de inclusão digital. Para mim, é um pouco triste ver a única forma possível destas crianças terem acesso a algo que para nós é tão banal como a internet, mas acredito que já é um avanço. Melhor ainda se não existissem os muros... mas isso é outra estória.....

Vejam que interessante:

sábado, 30 de outubro de 2010

Arroz a Grega

3 colheres sopa margarina
4 xícaras arroz
sal
2 dentes alho amassados
1 cebola média picada
8 xícaras água fervente c/ 1 caldo de legumes
200 gr cenoura picada bem pequena
200 gr de vagem picada bem pequena ou ervilha (use as compradas congeladas, mais saborosas que as de lata. Deixe uns minutos na água quente, escorra e use)
1/2 pimentão vermelho em cubinhos s/ sementes
1/2 pimentão amarelo em cubinhos sem sementes
azeitonas picadinhas
uvas passas pretas
cheiro verde

Frite o alho, sem deixar queimar, acrescente a cebola e refogue. Junte o arroz e frite um pouco. Acrescente as cenouras, pimentão e vagem e a água com caldo de legumes, cozinhando bem. Quando pronto misture com as azeitonas, ervilha, uvas passas (deixar de molho alguns minutos em água morna antes de acrescentar, para hidratar) e por último o cheirto verde.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Ecoprático


Ecoprático é um programa da TV Cultura que pode ser visto pela Web.

Em cada episódio, através dos hábitos de uma família (estilo reality show) pode-se aprender dicas de reciclagem, consumo consciente, atitudes ecológicas e qualidade de vida.


Vale a pena ver todos eles!

Algumas dicas que já aprendi assintindo:

- sempre consertar torneiras ou vazamentos de água se houver
- utilização de sacolas retornáveis para compras ( eu uso!!!!!!!!!!!)
- separação do lixo para reciclagem (separo!!!!!!!!!!!)
- manter tudo organizado em casa, e não guardar o que não usa, doar ou nem comprar ( eu tento!!!!! hehehe)
- se possível, fazer compostagem do lixo orgânico para usar como adubo ( não consigo isto onde moro)
- reduzir tempo de banho poupando água e energia elétrica
- reaproveitamento de água da chuva
Assista e aprenda!


O blog Ecoprático tem muitas dicas legais:

Dias das Crianças


A banda Pato Fu lançou seu último álbum chamado Música de Brinquedo com uma surpresa maravilhosa: músicas nacionais e internacionais gravadas com o uso de brinquedos infantis como instrumentos e com seus filhos de backing vocals.Pura diversão. Show!
Minha homenagem ao dia das crianças, só podia ser esta maravilha (repare na atitude e alegria das crianças, e nos intrumentos musicais inusitados). Eu amei!!!!!!!!



Que possamos permanecer com o olhar e o espírito de uma criança, não importa a idade que tenhamos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Receitas de salgados

Carolinas ou bombas Recheadas
250 ml água
250 gr manteiga ou margarina
250 gr farinha
1 colher chá sal
6 a 7 ovos

Modo de fazer: Colocar a água e a margarina em um a panela em fogo alto, mexendo até derreter. Pôr o sal.







Com o líquido fervendo, acrescente de uma vez só a farinha, mexendo bem. Mexa em fogo baixo até soltar da panela, mais ou menos 4 a 5 minutos (começa a grudar no fundo, tá na hora de desligar)









Deixar amornar. Pôr na batedeira, ligar e ir colocando os ovos, um a um.










Antes de pôr o último, que deve ser colocado em uma xícara e batido levemente, e só colocar o necessário, podendo ser parte dele.


Deve erguer a massa em uma colher e virá-la. A princípio ela fica firme, aí vai caindo levemente mas em volumes grandes, não líquida.


Colocar em um saco de confeitar, ou então fazer com uma colher pequena montinhos em uma forma untada e enfarinhada, sem laterais (eu uso a chapa que tem dentro do forno elétrico).


Asse em forno pré-aquecido médio, 180 graus,mais ou menos 20 minutos. Você não deve abrir no começo, para não baixar. Elas crescerão e ficarão ocas por dentro. Retirar e deixar esfriar.



Não são lindas?






Abra a lateral com uma faca de serra, ou se tiver mais habilidade recheie pelo fundo com o saco de confeitar. Você pode rechear com pasta de maionese com queijo, milho, ervilha, temperos, creme de leite. Se quiser arrasar coloque massa de brigadeiro mole com morangos (hummmmmmm).



Torta Napolitana
1 tablete ou um sachê de caldo de legumes
1 xícara de leite



3 ovos



1/2 xícara (chá) de óleo



3 colheres de queijo ralado
2 xícaras de farinha
1 colher sopa fermento em pó
1 colher sopa salsa picadinha
Bata no liquidificador o caldo de legumes, os líquidos e ovos. Misture a farinha, fermento e queijo numa tigela e junta a mistura batida. Se necessário coloque um pouco mais de farinha, fazendo uma massa tipo de bolo. Cloque em refratário untado metade da massa e asse em forno pré aquecido médio só até ficar firme em cima. Recheie e cubra com o restante da massa, voltando ao forno até que esteja assado.

Recheio: 2 tomates picados , queijo mussarela,órégano, azeite de oliva.

Pode colocar outros recheios, como mussarela, manjericão e atum ralado, ou outros que desejar.

Nhoque com temperos


Faça a massa de nhoque: 6 batatas médias cozidas e espremidas quentes, sal, 2 ovos, 1 colher sopa rasa de margarina e farinha até poder fazer rolinhos. Não deixe muito dura.
Faça rolinhos na mesa enfarinhada e corte pedaços pequenos. Cozinhe em uma panela com água quente e retire quando subirem.
Aqueça 2 colheres sopa de óleo de milho e 3 colheres sopa azeite de oliva. Coloque ramos de alecrim fresco picado, tempero verde bem picadinho e sal. Deixe um pouco no fogo sem queimar.
Coloque sobre os nhoques já na travessa e mexa bem. Povilhe com parmesão ralado e sirva.

Nhoque de Ervas
Faça a masa de nhoque e acrescente nela: manjericão, hortelã, tomilho e alecrim, todos frescos e picados. Faça os nhoques normalmente e cozinhe em água.
Coloque-os em uma travessa e cubra com o molho feito com: 1/2 cebola pequena picadinha, 6 tomates picados, 1 punhado de folhas de hortelá picadinhas, sal, orégano.

A Complicada Arte de Ver


A complicada arte de ver
Não é preciso nenhum comentário, só lendo mesmo este texto fantástico, que é do Rubem Alves.



Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões — é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."

Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".

Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.

Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada "satori", a abertura do "terceiro olho". Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: "Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram".

Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, "seus olhos se abriram". Vinícius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa — garrafa, prato, facão — era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção".

A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas — e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas".

Por isso — porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver — eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"...

Por: Rubem Alves
Related Posts with Thumbnails